Passaram-se meses (...)

Namoramos desde o dia a seguir ao  encontro no jardim onde demos o nosso primeiro beijo. Tem sido fantástico! Nunca me senti tão feliz! De melhores amigos passámos para melhores namorados porque não há melhor namorado que ele. Tenho a certeza...

Ele tem carro e vamos dar uma volta.
Chegámos a um sítio se ninguém com uma bela paisagem para ver o Pôr-do-Sol. Aquilo era um pouco mau para quem tinha vertigens mas não era o nosso caso. Sentámo-nos à beira do "abismo", ficámos lá a namorar e a ver o Pôr-do-Sol. Passado um tempo,levantámo-nos e ele abraça-me e roda-me.

Foi muito rápido! Lembro-me de nos termos desequilibrado e caírmos, gritavamos e continuavamos abraçados. Não me lembro de mais nada...

Estou no hospital, em coma. Já percebi pelas conversas que ouço e não me agrada nada.
Como estará ele? Como estará aquele que amo?
Ninguém diz! Eu preciso saber!
Será que está bem?

Acordei. Sinto-me estranhamente fraca... olho e vejo que está lá a minha mãe. Pergunto-lhe por ele. Revira os olhos. Diz para me concentrar na minha recuperação. Conheço  minha mãe, ela não vai dizer-me.
Quando ela se foi embora, perguntei o médico.
- Ele não ficou nada bem. Ele tem pouco tempo de vida... mas não fique nervosa.

Desatei a chorar. Após umas horas, sabia o que fazer.